Eu queria conversar sobre um encontro com mulheres que eu tive na semana passada. Dançamos, resumimos em uma ou duas palavras a causa dos nossos sofrimentos. Todo o encontro regado a brigadeiro, beijinho e refrigerante, apesar deles serem a causa do sofrimento da grande maioria alí ou pelo menos elas pensavam que sim.
Mas eu saí com uma sensação de desapontamento e fiquei naquele instante com a impressão que apenas eu senti isso. Todas pareciam satisfeitas, alegres e integradas. Eu me senti deslocada e claro, como sempre fazemos eu pensei que eu era realmente uma pessoa muito estranha. O problema era comigo.
Depois fiquei pensando o que aquelas pessoas realmente queriam. Será que era só se reunir? Talvez conhecer outras pessoas? Comer brigadeiro e beijinho sem culpa? Acho que não. Acredito que o que elas realmente queriam era conversar. Falar dos seus sentimentos, deixar sair um pouco a dor que todos sentimos por culpa, cobrança, imperfeições, solidão, tristeza, incertezas, falta de amor ou qualquer outra coisa que faça nossa alma chorar.
Percebi em pequenos momentos alguém tentando falar um pouco de si, mostrando que era uma pessoa única, mas eram muitas e não havia espaço para ninguém ser especial.
Então eu finalmente percebi que senti falta de ser olhada e realmente ouvida. Fale de você e eu irei escutar, porque você é uma pessoa especial, única.
Eu não sou estranha e não há problemas comigo. Eu só fui ao encontro errado. Acho que eu queria sentar com algumas daquelas mulheres, tomar um café e conversarmos. Porque o que eu pude notar alí é que todas estão sofrendo e sentindo que estão sozinhas com seu sofrimento.
Aqui nesse ponto eu paro e fico pensando o que eu queria realmente falar para você com tudo o que eu escrevi.
Você não está errado. Você não é estranho. Respeite os seus sentimentos, porque é a sua alma falando alguma coisa para você. Estou falando isso para você para eu mesma escutar.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
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