segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Voltar a ser criança

Ontem fui com minha filha nas dunas. Alugamos uma pranchinha e descemos a montanha de areia. Sujas de areia riamos felizes. Observei os rostos em volta. Pais meninos, mães meninas e filhos felizes. Todos alegres sorrindo e dando gritos de felicidade.
Acho que quando nos misturamos com a natureza voltamos a ser crianças. Não importa mais a sujeira, formalidades, nada. Nas areias que entravam pelos poros, pelos bolsos, pelos olhos todos éramos crianças e tudo tão simples.
Na praia um carrinho corre comandado por outro pai menino e o filho contente corre com o carrinho. Uma criança de roupa corre para o mar gelado e a mãe menina ri. Não importa a roupa molhada, mas aquele riso aberto da criança que se diverte com quase nada, ou melhor, com tudo.
Dezenas de homens meninos jogam bola e esquecem da vida lá fora. Nada importa naquele precioso momento, apenas o encontro com a bola e com a criança guardada no peito.
Mulheres meninas também se divertem com a bola e deixam para trás as preocupações com pernas, bundas e celulite. Não estão expondo corpos, mas mostrando a alma. Então podem rir e ser, como crianças.
Talvez junto da natureza, da qual fazemos parte, esquecemos o que julgamos ser importante e vivemos o que é importante. Na natureza deixamos nossa criança guardada sair e se divertir. Tudo é possível. Nada é feio ou ridiculo.
O espírito volta agradecido e já podemos continuar por mais um tempo com todas as obrigações e necessidades que acreditamos necessárias para a nossa felicidade.