Andava na praia e procurava aquela que seria minha conchinha do dia. Fui olhando o sol fazendo luzes na água do mar e pensei se podemos realmente mudar? Lembrei de pessoas que percebi mudando ultimamente. E pensei que parece que ficamos mais ricos como pessoas quando revemos posições, quando fazemos coisas diferentes do modo como estamos acostumados a fazer.
Achei que esse assunto seria a minha conchinha, mas no meu caminho surgiu uma tartaruga. Vim andando e percebi uma enorme tartaruga. Pensei que ela devia estar botando ovos, como eu já tinha visto outra fazer, mas não. Aquela fez sua última viagem. Aquele era seu porto final.
Tartarugas vivem muitos anos e então fiquei imaginando por quais mares ela passou. Então ela me fez pensar em tempo e em morte. Pensamos que temos muito tempo para fazer o que queremos fazer e vamos vivendo fazendo o que não queremos fazer. Deixamos para outro dia dizer o quanto gostamos de alguém, talvez em um momento melhor.
Eu vi uma entrevista com um homem que está morrendo. Ele até escreveu um livro sobre isso. Ele sabe que vai morrer, então está fazendo tudo o que é importante para ele. Não há tempo para esperar. Mas todos vamos morrer, pode ser antes dele até. Então todos não temos muito tempo. Por que achamos que temos?
Fiquei pensando sobre isso e isso se juntou com o primeiro assunto sobre mudanças. Talvez essa seja a primeira mudança que preciso fazer. Deixar de deixar para depois o que eu quero fazer.
Quando eu chegar no meu porto final quero ser com a tartaruga e já ter andado por muitos mares, ter vivido muitas histórias. E você?
terça-feira, 5 de agosto de 2008
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Um comentário:
O tempo passa e a lição que recebemos é a de viver intensamente as EMOÇÕES dessa vida.
J.A.
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