Quando olhamos um quadro muito de perto, não conseguimos enxergar o total, as vezes a figura não se forma, mas damos uma distância e ele se revela. Hoje pensei na vida assim. As vezes precisamos dar uma distância dos acontecimentos, do nosso cotidiano, da nossa vida para podermos ver o quadro melhor.
Talvez se temporariamente dissermos não sei o que fazer, vou pensar, vou dar uma volta, suar bastante e na volta conversamos. Com certeza na volta nossa visão estará mais clara. A raiva terá passado. Mas as vezes insistimos em não sair do lugar até que tenhamos falado tudo, resolvido tudo, colocado tudo o que não dissemos antes. Geralmente não resolvemos nada e saimos pior do que entramos.
Dar a distância para ver faz mudar o quadro e muitas vezes temos medo das mudanças. Melhor ficar no sofrimento conhecido, porque nele conhecemos quem somos, ou melhor conhecemos nossas maneiras de sofrer.
Mudar pode trazer um sofrimento novo, desconhecido, mas também pode trazer alegria, entusiasmo e principalmente uma nova visão de nós mesmos e do quadro da nossa vida. Podemos resolver continuar com o mesmo quadro, mas percebemos que precisamos tirar o pó dele, restaurar as cores ou mudar a moldura.
Eu li que a ação combate o medo. Estou ensaiando para fazer um telefone há dias e o medo de fazer esse telefonema foi aumentando. Hoje acordei e liguei. Acabou, passou. Estou livre.
Dar o primeiro passo para trás para olhar o quadro da nossa vida requer uma ação. Essa ação é fundamental para combater o medo de olhar, avaliar e mudar.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário